bikenauta

Julho 10 2011

O malemolente sambista João Nogueira fez uma ode a cada um de nós. Em seus versos ele afirma o que desconfiamos há muito tempo, que somos invencíveis, duros de roer, nós na madeira. Quando, no balanço do trem para a Central, olho nos olhos daquela gente lutadora que desde 4:30 da matina está na rua para chegar ao trabalho, tenho de reconhecer que cada um ali, homem ou mulher, é um guerreiro revestido de força e coragem a toda prova. São nós na madeira. Como cantou João:  

“Sou nó na madeira
Lenha na fogueira que já vai pegar
Se é fogo que fica ninguém mais apaga...”

Os praticantes de esporte, como os ciclistas, também são gente forte. Neste sábado, 09/07/2011, com o frio atravessando a roupa, saímos para um pedal de 80km. Aliando o esforço ao prazer de ver desfilar ao lado da gente matas, riachos de águas claras e o gado pastando com gestos vagarosos, expulsamos o estresse de nosso corpo e cada célula parece ficar mais limpa e ativa.

Ser nó na madeira também significa ser persistente, não desistir e, desta vez, deixando os colegas seguir adiante atravessei duas vezes um riozinho gelado e consegui ver a cachoeira do Juscelino, uma obra de arte da Natureza.

 

E sentados a mesa da casa de dona Kátia e seu Quinzinho comemos uma comida quentinha e saborosa e depois nos regalamos com um arroz doce divino. Assim, a trilha que andamos hoje pode ser chamada de Trilha do Arroz Doce. Somos nó na medeira, mas muito sensíveis e quase poetas.

 

publicado por joseadal às 00:36

Eu não estava na Trilha do Arroz Doce não, mas também sou nó na madeira. Sou osso duro de roer. O Ferraz que o diga...
vanice a 10 de Julho de 2011 às 18:30

Foi uma pena não ter podido ir neste passeio. Uma trilha que ainda não conheço e um arroz doce de dar água na boca!!!
João Bosco a 11 de Julho de 2011 às 23:22

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