bikenauta

Outubro 24 2011

Ontem assisti um vídeo na internet onde um senhor falava das mazelas da velhice e desencava os jovens que têm tantas vantagens e levam uma vida viciosa se queixando de não ter ainda mais vantagens. O depoimento indignado do 'coroa' me fez refletir na pedalada deste domingo, 23/10/2011.

 

Saímos, eu e Dunga, pedalando numa manhã clara e com temperatura bem amena. Na subida onde se passa o limite de Volta Redonda no caminho para Amparo fazia até um vento frio que nos revigorava. Companheiros de mountain bike há quase 8 anos sempre temos muito que conversar. Um assunto que me fascina são as plantas e Dunga é uma enciclopédia viva sobre elas. Ele as conhece bem porque é estudioso do Candomblé, culto afro que respeita a vegetação e preserva conhecimentos ancestrais da utilidade delas para o benefício humano. Na subida da serra da Mutuca conheci a Capeba com suas folhas largas e ásperas, excelente contra infecções, anti-reumática e antianêmica, mas que tem também uma aplicação para o corpo espiritual, dá energia e coragem. Por falar na Mutuca, subida forte com 2,8 km, tão entretidos íamos que nem reparamos no esforço que fazíamos.

Acho que está na hora de dizer que eu e este amigo nascemos no mesmo ano, 1944, durante a 2ª Guerra Mundial, e, portanto, estamos nos aproximando dos 68 anos. É uma bela idade, especialmente quando ainda nos esforçamos para usufruir plenamente a vida, quase como um jovem. Interpolei o 'quase' porque o corpo acusa desgastes pelos anos de uso. Eu mesmo pedalava aguentando uma dorzinha aguda no quadril esquerdo, enquanto o colega, na subida forte na entrada de Ribeirão de São Joaquim, precisou parar algumas vezes com forte cãibra. Não é à toa que a mulherada diz que os homens de nossa idade deixaram a fase do gavião ciscador e se metamorfosearam no respeitável con-dor.

Nosso pedal não foi uma viagem de 200 km como a de João Bosco, Edmar e Marcus, 'coroas também, nem uma maratona de 300 km como a dos mais moços, Rogério e Jorge, mas um belo passeio com tempo para prosear com 'seu' Joaquim de Souza, patriarca do vilarejo, e desenferrujar o corpo.

Quanta coisa linda vimos neste pedal! Lindas flores que se abre nesta primavera, o mar de morros que se estende como um oceano encapelado, e amigos que pedem para voltarmos para vê-los. Que belo e divertido domingo. Aaaii, minhas costas!

publicado por joseadal às 22:18

Já é a segunda vez que perco este passeio para Ribeirão de São Joaquim e fico aqui "lambendo" a foto do arroz doce da D. Katia, na tela do computador. Da próxima vez não perco por nada!!!
Parabéns ao amigos de 44.
Abraços.
João Bosco a 24 de Outubro de 2011 às 23:25

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