bikenauta

Outubro 31 2011

Procurando Passa 20, este foi o nome da trilha de domingo, 30/10/2011. Foi bem duro este pedal, mas não podia ser de outra forma. O próprio verbo e seu tempo indefinido já passa a idéia do desconhecido e do esforço envolvido no desvendar. Os sete ciclistas estavam conscientes das dificuldades, não seria um passeio de bicicleta era um desafio em mountain bike.

O tempo ajudou. Um céu coberto de nuvens diminuia a força do sol e um eventual chuvisco refrescava os animados partipantes. Marcelo estreava em nosso grupo e foi seu primeiro longo percurso. Só um pensamento marcava o alegre pedalar: vamos vadear o rio Preto com as bikes nas costas. Do ponto de encontro até Amparo é caminho muitas vezes repetido, mas para Leonardo e cada um de nós as subidas e descidas nos primeiros quilômetros é sempre alegre e cheio de conversa animada. É a parte amena do mountain bike. [foto com a máquina de Edinho]

O trecho para Santa Izabel subindo os 3 quilômetros da Mutuca é um desafio renovado para Edinho e para todos nós. Então, quando gritei: acabou o asfalto, agora é pra valer!, e entramos na subidona depois da fazenda Velha sentimos a seriedade da aventura em que nos metemos.

Fomos diretos para a fazenda Na Morada, de "seu" Dirceu, homem simpático e hospitaleiro. Marcinho se encantou logo depois da porteira da casa, quando ao fazer uma curva descortinamos uma lagoa e o velho casarão entre as árvores. Mountain bike também é turismo ecológico. [bela foto de Leo]

Bricamos com os cães festeiros e fomos direto pra cozinha. Sobre a mesa um tabuleiro com um bolo de fubá fofinho, muito leite e café, e tomando uma pinguinha doce como o mel que abelha não faz fui pilotar o fogão e fritar ovo capira de gema avermelhada em gordura de porco para a turma toda. Boa alimentação é essencial para quem pedala em mountain bike.

Foi depois do lanche farto que houve a primeira escolha de caminho e tomamos a decisão errada. O sitiante se prontificou a nos mostrar o lugar de se atravessar o rio Preto a pé. Ele ia cortar por dentro de suas terras enquanto nós devíamos voltar pela estrada de chão. Mas alegremente Leonardo e o grupo decidiu acompanhá-lo. Para quê! O atoleiro que depois de meses sem chuva imaginávamos uma laminha era na realidade um banhado, um terreno baixo perenemente coberto com as águas do ribeirão Patriota. Enfiamos os calçados e as pernas na lama.

Depois o morro a vencer empurrando as bikes era uma encosta tão ímgrime que quase se precisava subir com corda puxando as "magrelas". [realística foto de Leonardo]

Mas não há mal que sempre dure e logo nos banhávamos nas águas frescas do rio Preto com João Bosco filmando a bagunça toda. Não, porque o triatlon: corrida, pedalada e natação foi inventada porque prçaticante de mountain bike não consegue ver um rio ou um remanso de cachoeira sem que não se jogue com ou sem roupa e tudo. [foto fluvial de Leozinho]

Do outro lado a estrada para Passa 20! Achamos o caminho! Revigorados pelo banho saímos pedalando no pasto de grama. Porque, não se engane, em mountain bike pedalar no asfalto é uma anomalia da natureza, o certo é estrada de chão com muito buraco e pedra ou mata fechada. 

Mas a estrada ficava no alto, e logo João 2010 e a gente empurrava as bikes por outra encosta. Depois foi só pedalar e empurrar porque Passa 20 e seu amontoado de casas à beira da linha férrea fica encarapitada nos altos de uma serra. Almoço não teve, mas nos alimentamos bem para o longo regresso. Mas cada um carregava no coração que martelava cansado uma alegria: encontramos Passa 20.   

    

publicado por joseadal às 21:26

Ótimo passeio, ótima recepção por parte do Sr. Dirceu.
Da primeira vez não deu certo, mas agora conseguimos chegar em Passa Vinte.
Fácil não foi, mas MTB é assim mesmo:
É bom porque é ruim e seria melhor se fosse pior!
João Bosco a 31 de Outubro de 2011 às 23:58

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