bikenauta

Janeiro 25 2011

Quando nosso grupo encontrou o pelotão principal em Conservatória fui direto a Rafael elogiar sua boa estrela de ter marcado este pedal noturno com antecedência de um mês, bem antes de começar as chuvas que mantiveram muitas cidades reféns e que cada noite caia em bátegas, numa noite de lua cheia e de céu limpo. Tudo conspirou para a beleza do passeio noturno. (foto de Sandrita)

publicado por joseadal às 20:37

Janeiro 25 2011

No maravilhoso horário de verão, às 19 horas, o Sol ainda reinava vigoroso e pescadores esperavam pacientes a fisgada emocionante enquanto passávamos com nossas bikes pela beira-rio. A noite prometia. Novos colegas juntavam-se a nós pelo caminho. A emoção nos dominava quando a escuridão caiu.

publicado por joseadal às 20:31

Janeiro 25 2011

No breu da noite as lanternas e os pisca-pisca lembravam um bando de seres estranhos correndo pela estrada ao passo que as pessoas comuns, guardadas em suas casas, dormiam ou ficavam insones. Nós varávamos as trevas, aquela que aguardávamos aprontava-se para nós.


publicado por joseadal às 20:28

Janeiro 25 2011

No caminho que serpenteava, sempre subindo, entre os morros vimos uma claridade iluminar uma ponta do horizonte. O gado dormia ou ruminava a tênue luz das estrelas de nossa galáxia. Então, ao dobrarmos uma curva, a luz dos faroletes clareando só o chão, a vimos, linda, amarela e um pouco mais magra, nossa acompanhante dessa noite de aventura. Iluminando o mundo dos humanos com uma luz cheia de saudades nos permitia voar com os faróis apagadas. Entramos em Conservatória pela morada dos mortos que nos ouviram passar como pássaros da noite.

publicado por joseadal às 20:26
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Janeiro 25 2011

Na praça, o pessoal que veio na frente nos recebeu com as laternas piscando e enormes sorrisos de amizade. Era noite de sábado e a cidade regurgitava de gente, uma seresta andava pela rua de pedras com os vilões tocando tristezas enquanto um coro de vozes cantava amores perdidos. Durante o lanche, o relógio batendo as doze badaladas, o grupo aumentou com chegada dos ciclistas de Barra do Piraí. A nova e larga estrada para serra da beleza acordou e ficou toda alegre com os gritos animados da caravana que passava e os latidos aflitos dos infinitos cães de guarda do mundo. A ponte dos Arcos que tanta coisa já viu admirou-se com tanta gente feliz parada junto as suas pernas grossas. Mais a frente o grupo se dividiu no túnel do Capoeirão. (foto de João Bosco)

publicado por joseadal às 20:24

Janeiro 25 2011

A noite, no alto da serra e sob a luz trêmula das estrelas, de repente ficou gelada. Um vento frio corria em nossa volta, nós que procurávamos um, unzinho só, disco voador. O binóculos passou de mão em mão olhando a bela lua com sua face iluminada. Descemos a serra correndo com o vento nos perseguindo e zumbindo em nossos ouvidos. Uma longa descida cortando a madrugada enluarada. Santa Izabel dormia e dançava ao som do forró que acabava. Assim são as noites de todos os homens: quietude, ansiedade e vibração de vida. Saímos em bando procurando o amanhecer e uma padaria aberta. Vênus cresceu tentando suplantar a dama da noite. (foto de Sandrita)

publicado por joseadal às 20:12

Janeiro 25 2011

A noite e o pedal noturno não terminavam. Os 120 km e as 10 horas pareciam se esticar. Amparo ficou para trás no escuro. A lua não nos abandonava, ficou com a gente o tempo todo. Na chegada de Santa Cruz, naquela curva que à noite nos recebe com os primeiros postes de luz acesos para nos guiar, desta vez o Sol, o guerreiro que espanta a noite, se apresentou majestoso. A lua se afastou para ele chegar glorioso, empalideceu e nos deixou. Num momento nos transformamos de anjos negros voadores em meros ciclistas cansados e com sono. A padaria abriu sua porta para nós com pão cheiroso e café forte. Acabou o passeio noturno.

publicado por joseadal às 20:09

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