bikenauta

Maio 08 2011

Em meio ao nevoeiro das primeiras horas da manhã, as bikes correndo ao longo de cercas dos pastos, vemos garças chegando para sua tarefa de limpar o gado dos bernes e carrapatos. Chegam na bela formação de V como uma esquadrilha bem treinada. O líder, no vértice, faz mais força puxando a revoada. Quando vão longe a liderança se reveza. Acho que todas, machos ou fêmeas, têm o direito de puxar o bando.

O livro Criatividade e Grupos Criativos, falando do empreendedorismo na era pós-industrial, diz: “As grandes empresas estão sujeitas a uma diminuição geral do impulso. Para combater essa diminuição de ímpeto são necessárias chicotadas de energia. Para evitar ou inverter a tendência à rotina é preciso: lubrificação dos sistemas de informação dentro do grupo, a redução dos níveis hierárquicos e dos controles, a busca de fatores motivadores, ênfase na missão e no espírito do conjunto e a troca da liderança por novos tipos com carisma”.

Ontem, sábado, 06/05/2011, véspera do Dia das Mães saímos para pedalar até Bananal. A missão era chegar lá por um caminho não utilizado há muito tempo. Puxar um grupo de nove pessoas é uma tarefa que pesa. O líder precisa ter algum carisma, ser animado e dar exemplo. Vez por outra é bom trocar a liderança da equipe. Ora, o conceito de empresa ideal pós-industrial é que cada membro de um conjunto, além de sua tarefa específica, esteja apto a comandar o grupo. O revezamento no comando é uma lei natural que o ser humano tem que se acostumar a imitar. (foto do magistral fotógrafo Fabiano 66 - não me perguntem porquê o 66)

Quem está puxando a matula necessita de informações em cada trecho do caminho, e bem que perguntamos a três moradores da região: onde fica o caminho de Bananal passando pela fazenda Boa Vista? Infelizmente os subsídios que recolhemos eram incompletos ou truncados. Andamos em círculo. Minha fama de líder que se perde pelo caminho ficou reforçada. (foto do jovem Leo, nosso Mercúrio rapidinho)

 

O comandante também precisa ter coragem de ordenar a retirada. Abandonar um projeto pode se tornar menos oneroso do que teimar em continuar, seja por orgulho ou teimosia. De volta a base em Rialto nos alimentamos e nos hidratamos bastante e fizemos um bom repouso recheado de uma conversa animada e bem variada. Andamos quase 100 km, vimos muitos lugares bonitos, fizemos nosso exercício semanal e nosso relex mental; só não chegamos em Bananal. Até rimou. Só sei dizer que liderar não é brinquedo não.   

publicado por joseadal às 14:43

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