O outono é a época ideal para o ciclismo.
Saindo cedo, o sol elevando-se bem inclinado no céu, o friozinho da manhã é uma delícia. Mas o trânsito intenso desanima andar no acostamento e decido me evadir. Nada melhor numa evasão que estar assessorado por um advogado. E foi o que aconteceu no pedal de hoje, 13/05/2013.
Bem neste ponto, onde uma velha cerca de bambu marca o limite entre onde acaba a cidade e começa a roça, mudo de rumo entrando numa estrada de chão. Então, escuto uma voz vinda do meu ombro esquerdo.
- Vai pra onde, ‘seu’ Zé?
Digo que aquele caminho vai sair em Pinheiral e convido o chegado: vamos comigo?
Estivesse ali o colega Edinho teria comentado que essa pergunta, partindo da minha pessoa, é sempre um risco com muitas implicações. Mas o jovem advogado Tiago não pestaneja e segue comigo.
Subimos bem, pois aquela trilha não é outra que não a da Goiabada. Caminho que passa dentro de fazendas próximas a cidade grande é sempre vigiado e por duas vezes tivemos de dizer que íamos ao sítio de ‘seu’ Luiz Cabrito, o que não deixava de ser verdade. A estradinha acidentada e bem no meio de matas é muita agradável de pedalar.
Apesar de ser a primeira vez que pedalava com Tiago e dele estar chegando agora ao ciclismo de mountain bike - mais novo ele praticava down hill - ele tanto subiu como desceu bem a trilha que está bem esburacado pelo gado e pelas chuvas fortes.
Fiquei preocupado dele se ressentir da trilha que por vários momentos quase sumia debaixo do capim. Mas o jovem apreciou o passeio dizendo que a paisagem com pedaços virgens de mata Atlântica era muito bonita.
Não eram onze horas e já estávamos dentro da cidade e fechando o círculo do passeio. Desta vez a mudança de rumo não trouxe qualquer implicação grave.