Sim, é preciso sair desse amontoado de casas que é a cidade, obra das mãos do homem, para se ver o que a Natureza moldou neste planeta.
São as serras furando o céu e os vales aos pés delas cercados de grotões misteriosos. São as matas e o rio correndo incessante, dando uma ideia da eternidade.
Foi como no longo pedal de hoje, passando por Falcão e Fumaça, vilarejos cercados do verde. Tudo parecia igual à cinco anos atrás: o rio preto embarreado rolando calmo nos remansos e violento nas cachoeiras apertadas, o restaurante Colibri com as mesmas redes de bambu para se descansar das longas subidas
e o mesmo mau atendimento da proprietária e a ponte que ao invés de passar por cima do córrego e este que passa por sobre ela.
Mistérios. Mas algumas coisas mudaram, como o asfalto que está acertando a estrada que era cheia de costelinhas e que vai de Falcão à divisa com Minas Gerais.
Mas o bom é a companhia dos colegas para compartilharmos tantas belezas: Washington, Márcio Guedes, Jorginho ( que chegou depois), Carvalho e Rodrigo e Manoel (que nos acompanharam a partir de Quatis).
Como foi bom pedalar com meu professor de mountainbike e ver que depois de anos sem pedalarmos juntos ele está ainda melhor como amigo e ciclista.
Por isso gosto das trilhas que nos levam longe – hoje, com sol forte, pedalamos 140 km.