bikenauta

Fevereiro 28 2014

Ler, meu Deus, que coisa boa!

Em Mitologia Grega cheguei a parte que estuda a Alquimia (p.200). Aconteceu no século XII. Um texto grego chegou a Europa vindo dos árabes, A Tábula de Esmeralda. O que se conta é que era copia de um texto egípcio muito antigo. Ensinava uma coisa básica, que estava ‘na cara’ de qualquer um: “Para realizar a grande obra de regeneração da matéria, o homem precisa purificar a própria alma”.

Quando um homem ou uma mulher adotam o ciclismo, por exemplo, ele passa por uma renovação sensível. Pergunte a qualquer ciclista antigo e ele dirá: era um e me tornei outro. É a Alquimia.

Em seu laboratório o químico primitivo pegava substâncias, matéria bruta, e no fogo fazia-as passar por quatro estágios. “Chamava-se Opus Magno, ou a grande operação que exigia do objeto material sofrer, morrer e ressuscitar”.

- Zé, foi o que aconteceu com Jesus!

Deus veio a nós para iniciar nossa caminhada para a vivificação e nos mostrou que não é facinho não. Era o que o alquimista fazia com o metal levando-o pelo fogo a ir do preto para o branco e deste para o vermelho e finalmente chegar ao amarelo, o ouro. Era a transmutação da matéria.

A espiritualização do ser humano terreno exige disciplina e essa repercute no ambiente em que vive, no próprio planeta. O homem regenerado trata bem a Terra, mesmo que não seja sua intenção permanecer nela. “A pureza para o homem que busca a perfeição moral é sua redenção. Para a Natureza – com ajuda dos humanos regenerados – é sua purificação".

Um verdadeiro cristão é um alquimista fiel.

(essa bela ametista que fica no jardim de uma vizinha é uma evidência viva de como o crisol do núcleo do nosso planeta forma coisas lindas) 

publicado por joseadal às 10:55
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Fevereiro 24 2014

Há diversões, como as que acontecem antes do carnaval: a turma põe o bloco na rua.

Há outras em que o pessoal sai em grupo pelas estradas.

Com o forte calor, ambas fazem todo mundo beber muito líquido.

Mas a alegria é intensa, tanto em uma como na outra.

Como naquela diversão os dessa também saem fantasiados de roupa colorida.

Só não se deixa sujeira por onde passamos “tocando rebu”, como o pessoal do carnaval.

publicado por joseadal às 01:49

Fevereiro 05 2014

As serras são maravilhosas obras de Deus.

- Zé, toda pessoa bem informada sabe que uma serra é uma formação geológica, fruto de imensas forças naturais.

Não sei dizer se um cara sem fé vê tantas ou mais belezas numa serra quanto as que eu vejo. E elas são para ser admiradas, pois cada qual tem suas características. Quando se sobe a Bocaina vê-se todo sopé e o mar de morros se estendendo a perder de vista. E depois de se atravessar o platô ela deixa ver o mar em toda sua plenitude. Assim é a serra do Mar.

Os geólogos explicam que seu granito foi expelido do interior da Terra há milhões de anos, mas não transbordou na superfície, ficou debaixo do chão. É uma caraterística chamada de plutonismo.

 Já a serra de Santa Maria Madalena faz parte do maciço ou kratton de Italva e tem, como diz o site da prefeitura: “um relevo bastante acidentado, apresentando várias montanhas que juntas, formam esta grande serra. São elas a Serra da Grama, de Triunfo, do Sossego, da Morumbeca, dos Pontes, da Fortaleza, do Macapá e do Fumal. [vou passar na base de uma imensa rocha que é chamada de Pão do Açúcar]. Por outra parte o município tem planícies no meio das serras, como: do Brinco, Triunfo, Sossego do Imbé e, além de outras. Sediada numa região naturalmente exuberante, com afloramentos rochosos esculturais em abundância, Santa Maria Madalena foi eleita Cidade da Geologia”.

Desta forma é bem possível que não vá ter uma visão magnífica do mar já que vou subir até vales nos quais o caminho, passando entre grandes rochas, esconderá a vista do mar.

Mas também é deslumbrante andar, pequenininho, em cima da bike, por entre vertiginosas serras.  

publicado por joseadal às 22:16

Fevereiro 03 2014

“Pois qual de vós, querendo edificar uma torre, não se senta primeiro a calcular as despesas, para ver se tem com que a acabar? Para não acontecer que, depois de haver posto os alicerces, e não a podendo acabar, todos os que a virem comecem a zombar dele, dizendo: Este homem começou a edificar e não pode acabar” – ensinamento de Jesus Cristo segundo Lucas (14:28-29).

Bem, esta não é a pior coisa, zombarem da gente: Esse Zé, não planeja direito o pedal e leva a gente à tremenda furada. Isso até que se leva numa boa. Mas e se acontece um acidente ou se fica perdido? Tem de se esquematizar tudo bem certinho. É o que estou fazendo para subir de Macaé para Santa Maria Madalena, por fora do asfalto, por trilhas no meio da mata, e sozinho.

(nenhuma das fotos é minha, são de ciclistas que por lá subiram, mas devo ter muitas fotos para mostrar, na volta)

Os desbravadores do passado me deixam admirado, como Roald Amundsen desbravando o Polo Sul há 100 anos. Hoje, temos muitas ajudas. Já peguei o celular do cunhado de meu filho, que tem firma em Macaé e que pode me socorrer. Vou pegar, também, os celulares de dois ou três ciclistas de lá. E temos a ferramenta maravilhosa do Google Earth. Gravei o percurso feito por ciclistas num pedal chamado Para os Braços de Dercy e tenho estudado o caminho anotando num papel as estradas, pontos de referência e a quilometragem do local onde preciso ir para direita ou para esquerda. Um problema é que não gosto de computador na bike e vou ter de acertar no olho e na intuição. Também inquiri o pessoal de lá sobre trechos duvidosos. Tá tudo no esquema, acho.

(já bem no alto pedála-se por planaltos cercados de picos mais altos) 

Já liguei para a pousada onde vou descansar o corpo para a volta e ainda preciso contatar o Clube Campestre para ver como posso usar a piscina para relaxar e refrescar a epiderme que, com esse sol, quase assa. Já me vejo no alto da serra, na terra onde Dercy Gonçalves nasceu, nadando numa piscina deliciosa.

Levar minha mochila nem pensar. Vou  com uma sacola leve, contendo só o indispensável – bermuda e camiseta leve, pasta, escova e fio dental, filtro solar, cartão e dinheiro, as passagens da volta, barras de carboidrato, meias, sandálias, sunga, bomba para encher pneu e carregadores de celular e câmera. Nos bolsos da camisa levo: celular, câmera, garrafa d’água, documento e as passagens de ida, uma barra e algum doce e dinheirinho.

É indispensável o uniforme completo com manguito e boné sob o capacete.

- Zé, não era bom levar corda, uma caixinha de primeiros socorros e uma faca?

Não, mas não posso me esquecer de levar, de jeito nenhum, a companhia de meu Pai Eterno e de meu Senhor Jesus com o Espírito Santo. E de Nossa Senhora que há pouco tempo descobri ser minha Sacratíssima Mãe.     

publicado por joseadal às 01:45

Fevereiro 02 2014

 http://youtu.be/UJ122ERQ6SU      

          
        
          

No começo da manhã um frio penetrante nos esperava em cada sombra que passávamos.

Mas o sol que nascera a pouco não deixava dúvidas de que o dia seria cheio de calor, som e cores. Os infinitos raios e vibrações que vêm de nossa estrela entravam pelas folhagens e ramos despertando animais e pássaros que começam a cantar e ciciar. E as cores que durante as trevas da noite ficaram obliteradas ganharam destaque, foram soltas e saltaram a vista. Por isso, desde que deixamos para trás o casario de Valença e seguimos pelo asfalto até Rio das Flores uma tremenda energia explodia em sons e cores.

Parávamos a todo instante para registrar os belos lugares pelos quais passávamos: um barranco de rio, uma igrejinha que pouco abre para os fiéis,(Sagrado Coração de Jesus, em 3 Ilhas, Belmiro Braga, MG)

uma velha ponte e as sombras em que parávamos, porque o velho sol estava inclemente.

Por todo o caminho o som das águas nos acompanhava. Ora marulhando num córrego, logo resmungando nas corredeiras ou deixando fluir um som cristalino quando a pegávamos numa bica – perigosas bicas de Valença.

O trajeto foi quase plano, ora girando os pedais, ora deixando a bike correr numa descida. Só na chegada de São José das 3 Ilhas é que pegamos uma subida forte, mas longa, esticada, dando voltas nos morros e que era um exercício razoável, para quem pedalava sob uma forte canícula.         

(foto de Fabiano66)

Mas chegamos na rua calçada de pés-de-moleque e ao bar com seu velho balcão que nos recebeu à sombra com cerveja, refrigerante e água gelados.

Depois, seguimos admirando e fotografando o casario do século XIX, bem cuidado, cheio de cores vibrantes e em que o som do silêncio sobressaia, refrescando nossos ouvidos tão feridos pelos sons da cidade.

E a catedral observava aqueles minúsculos seres agitados que lhe admiravam e entravam por dentro de suas paredes grossas que deixavam as cores vibrantes e os barulhos do lado de fora. Os santos e imagens em pinturas fortes nos foram vedados mostrar. Mas nossas máquinas, inquietas, sempre se esqueciam em guardavam uma figura num nicho ou a nave na penumbra.

Mas era só chegar numa janela que a luz entrava em jorros feito um tsunami saindo de um prisma.

O almoço, conforme prometido pelo nosso colega 171,

foi mesmo a sombra da catedral. Uma almoço com sabor de fogão a lenha e tempero de uma cozinheira experimentada e que ama alimentar o próximo.

Depois foi rodar por caminhos de chão e de asfalto. Olhos protegidos do clarão de luz por óculos frescos ou sérios. Foi um lindo passeio.

       
publicado por joseadal às 12:35

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