Tem uma oração que gosto especialmente.
- Zé, tá arranjando jeito dos críticos reclamarem por você misturar bicicleta com religião!
São coisas de que gosto, são indissociáveis: a fé e a bike. Mas a oração diz:
Enviai, Senhor, o Vosso Espírito, e tudo será criado,
e renovareis a face da terra.
O mesmo acontece com o ciclismo. Em certo ano juntam-se amigos que parecem inseparáveis, mas já no ano seguinte a maioria se dispersou. Porém, quem persevera pedalando vê se renovar seus companheiros de pedal. Assim foi hoje, 29/06/2014, quando levei o amigo Renato para estrear sua bicicleta nova e, quem sabe?, iniciar sua amizade pelo ciclismo.
Fizemos uma volta que pede esforço: trilha do rio do Peixe, estrada Amparo-Barra Mansa passando por Santa Rita de Cássia e suas hortas de verdura, fechando pelo Açude. Tem boas subidas neste trajeto e o novato sente.
Falei um bocado, tanto adicionando informações ao que ele falava como contando aventuras que ele poderá vivenciar. Mas, o velho ciclista, mesmo passando por um caminho tão conhecido, alegrou-se de ver o capinzal molhado pelo sereno da noite e pode admirar pela enésima vez a fazenda Criciúma, obra executada num tempo em que por ali era sertão puro.
Renato falou do projeto de fazer O Caminho de Santiago de Compostela, em setembro. Me bateu o anseio de pedalar no exterior. Será que consigo? O pedal chegou ao fim. Que pena! Foi muito rápido: 33 km em 2:39h.
E pedalar no inverno, que coisa boa! O vento frio penetrando a roupa leve de ciclismo e pinicando na pele da gente! Gosto mesmo da minha bike, como gosto da minha fé.