bikenauta

Outubro 26 2014

O pedal de ontem, ao santuário do santo Frei Galvão, deu ensejo há longa reflexão.

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O tempo todo estamos sendo assediados por ideias e pensamentos alheios. Esse som espúrio não nos deixar ouvir a voz do nosso interior. A reflexão faz exatamente isto, nos permite conversar com nossas experiências e dialogar com um poder dentro de nós, o Espírito Santo.

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Tanto pedalando quanto vendo a paisagem passar pela janela do ônibus que nos levou e trouxe de volta por parte do trajeto, o silêncio permitiu raciocinar. E dar ouvido ao próprio cria situações interessantes.

Fomos de ônibus até Cruzeiro, SP, tiramos as bikes e rodamos para Guaratingueta evitando a Dutra e seu ruidoso e poluído movimento.

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Seguimos por uma estrada secundária. Em determinado momento passamos por um pássaro caído no acostamento. O amigo Pedro Raimundo ouviu um chamado: volte e cuide do pássaro, e fez isso.

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Logo que nos movemos de novo um ciclista chegou junto e seguimos conversando. Ele estava terminando uma volta que passou pela Canção Nova, chegaria conosco a Piquete e terminaria em Lorena. Fomos juntos.

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Lá chegando ele nos mostrou um caminho para Guará e, ouvindo um conselho do próprio coração, disse: Sabe, vou com vocês. Aqui paramos num marco da Estrada Real.

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Entramos por um caminho de terra, encontramos um grupo de ciclistas conhecidos dele, passamos pelas vastas plantações irrigadas de arroz

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e chegamos ao Santuário. Despedimo-nos, ele pegou o caminho de volta para casa e nós fomos rezar e pegar as pílulas do Santo.

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Frei Galvão é mais um exemplo de cristão que foi vencedor e e que vem se juntar a tão grande nuvem de testemunhas que nos rodeiam e nos ajudam a seguir para Deus.

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Esse longo caminho, maior do que todos que já trilhei, pelo que já vi, a amiga bicicleta também ajuda a seguir.

publicado por joseadal às 14:51

Outubro 20 2014

Há muito tempo, nadava na lagoa de Araruama tentando chegar a uma draga que puxava marisco do fundo. Era tarde, nublada, e a lagoa estava um espelho. Então um sudoeste começou a soprar com violência formando ondas e chuviscos que atrapalhavam avançar e respirar. Estava tão perto! Mas era melhor voltar. Voltar pra onde? As casuarinas eram gravetinhos na praia, tão longe estavam. Fiz força nos braços e começou a me dar uma moleza. Pensei: vou me acabar aqui e vão custar a me achar. Estava sozinho na casa de praia. Então, comecei a rezar e cantar um hino religioso. As forças voltaram e eu também.

Aprendi como a oração é valiosa. Não uma oração pequena, mas uma longa, falando com Deus.

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Ontem, pedalava pelos contrafortes da serra da Mantiqueira. Caminho lindo, com muitas subidas, longas subidas. Claro, também havia as descidas. O sol castigava e a gente se protege com muito protetor.

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Na primeira, a bicicleta correndo muito saiu do trilho e foi pra vala, derrapou nas pedrinhas e fui ao chão. Bati com o cotovelo esquerdo. Feriu bem, o sangue grosso escorria no meio da sujeira da estrada. Foi levantar e tocar pra frente. Disse ao amigo Ademar que chegando ao lugarejo de Bananal de Minas lavava o ferimento com bastante água e sabão.

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Feito isso seguimos para a serra da Mira. Meu plano era fazer curativo no posto de Saúde de Passa 20.

É um efeito incrível, chegar-se a um alto e descortinar um vale imenso e as serras o rodeando. De feio só meu cutovelo bem estrupiado.

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Quando chegamos ao desvio e o começo de outro morrão, me deu uma moleza incrível.

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O colega teve paciência de me esperar, eu empurrando a bike.

Visual lindo e o melhor foi ver o casario da cidadezinha mineira.

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Fui para o posto, atendimento nota 10, mas o médico decretou: o corte é profundo, não posso deixa-lo ir sem suturar. A causa da minha fraqueza era a pressão de 80 x 55. Com um belo curativo no braço fomos almoçar.

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Com mais força, voltamos. O plano era dar a volta até o Pacau e descer par Santa Rita de Jacutinga pela cachoeira do Sobrado. Mas eram 45 km. Decidimos retornar pelo mesmo caminho, só 22 km. Pensei que tendo almoçado subiria as serras numa boa, ledo engano. A fraqueza voltou e me lembrei da oração. Com Ademar sempre na dianteira comecei a rezar o terço.

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Como foi bom!

- Zé, Jesus disse: estão errados quem pensa que com o muito rezar serão ouvidos.

Fiz como Jesus fazia, rezei muito, por muito tempo enquanto lutava com uma lassidão tremenda. Não rezei muito pedindo alguma coisa, rezei muito porque aprendi há muito tempo que isto nos dá forças. E mesmo com um calor de torrar, chegamos em Sta. Rita de Jacutinga.

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publicado por joseadal às 20:12

Outubro 18 2014

Pelos amigos a gente faz miséria.

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Mas bem que estava mesmo querendo subir o Robertão, a serra de N. Sra. do Amparo.

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Meus amigos Ricardo, Roberto e Rogério, praticantes de downhill, vem trabalhando numa trilha sinistra para descer com tudo.

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Fomos de carro até o pé da serra e dali subimos pedalando e empurrando, porque a subida ali é muito forte. Logo estávamos em um vale entre dois picos.

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Eles contrataram uma máquina para fazer uma estradinha e ir até lá em cima, porque para eles o lema é Só Cume Interessa, o cacófato terrível.

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E subimos empurrando uns 400 m. Uma ladeira em que os músculos da panturrilha e o tendão de Aquiles foram exigidos ao máximo. O visual lá de cima deve ser muito bonito, mas nesta primavera sem chuvas e com muitas queimadas o ar está saturado de partículas e não dá pra ver nada a distância.

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E então descemos, não uma descida que enche a gente de adrenalina, mas uma que nos dá pavor de levar um capote. Mas tudo terminou bem e empoeirados e suados tomamos banho na cachoeira de cima.

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A água está pouca, como em todo sudeste. Mas voltamos pra casa felizes pelo desafio vencido e pela amizade renovada.

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publicado por joseadal às 01:09

Outubro 12 2014

O ciclismo é esporte, lazer e um meio de fazer turismo, mas também pode ser um sacrifício. Um esforço contínuo sob um sol forte que drena toda energia é um sacrifício. Como tal não tem razão de ser se não envolve uma devoção. Por isso, quando íamos sair de Volta Redonda, na manhãzinha de sexta-feira, 10/10/2014, oferecemos a Nossa Senhora esse pedal como oferenda. E fomos.

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Saímos do meio urbano, seguimos pela Dutra e em Floriano entramos na estrada de chão em Bulhões,

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atravessamos Resende e rodamos para São José do Barreiro. O sol ardia e encontrávamos em qualquer sombra um refrigério.

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Mas não parávamos mais que cinco minutos e chegamos à Estrada dos Tropeiros e ao almoço.

Foi uma refeição calma para aproveitar o frescor do restaurante. Mas fizemos a digestão sobre as bikes. Ficamos surpresos de ver que a extensa ponte sobre a represa do Funil hoje só serve para passar um pequeno córrego. A água represada, cada vez mais escassa, está longe, a vista não mais alcança.

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E logo depois, na direção de Areias, pegamos a longa subida. Sentamos a uma pequena sombra, mais parecidos ao Jonas da baleia do que a fortes ciclistas.

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A serra do mar era um paredão azulado à nossa esquerda. 

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Mas chegamos e tomamos muito líquido. O sol do final da tarde não queimava mais e pintava tudo de cores douradas.

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Restavam 30 km, e encaramos a estrada. Muita subida. As sombras tomavam conta do mundo.

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A noite caiu e nós três corremos juntos iluminados pelo farol da bike de Pedrão. Que alívio quando vimos as luzes de Silveiras e corremos para a pousada. De banho tomado sentamos a mesa para jantar e conversar sobre tantas belezas desse dia.

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O sábado amanheceu lindo. O céu azul puro era o próprio manto de Nossa Senhora. Tomamos um café da manhã reforçado – eu comi até farofa de iça, bumbum de tanajura - e saímos. No portal tiramos foto com o burrinho que esperava os outros, nós.

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Depois do portal largamos o asfalto e seguimos na direção da Canção Nova por uma rota de caminhantes.

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Chegamos a Dutra e pedalamos com toda força para pegar a missa da 10:30. Que alegria quando vimos a cúpula da catedral!

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Rodamos em meio a milhares de pessoas de toda parte do Brasil. As bicicletas chamavam atenção e muitos vinham falar com a gente e elogiar o sacrifício que fizemos.

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Entramos no imenso salão, comungamos, rezamos, choramos e sorrimos muito pela alegria de termos chegado.

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publicado por joseadal às 12:41

Outubro 09 2014

Tome fôlego porque o Zé vai fazer uma daquelas orações compostas que não acabam nunca e que no meio já não lembramos o princípio.

O homem que olha esse lugar, (hoje de manhã, a bela igreja de Santa Cecília)

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consegue pensar no arquiteto que planejou a igreja e que nem precisou colocar as mãos na obra para ela ficar pronta, mas não consegue ‘ver’ Deus, quem projetou essa árvore, o ateu; ou aquele que percebe o arquiteto da igreja e o da árvore, mas para quem ambos estão distantes, Deus é como aquele que emprenhou sua mãe e nem ela nem você nunca mais o viram, o deísta; pensar que o Criador de todos os mundos – um soberano milhões de vezes maior que Alexandre, o Grande, no auge de sua vida – quis fazer um Filho em uma mulher, num ser humano fêmea, e preparou tanto seu corpo como sua alma por várias gerações para essa missão de reproduzir seu Filho, é quase impossível.

Eu mesmo levei tempo, só quando fiquei idoso é que me dei conta do que significa o que o mensageiro do Senhor dos Universos disse: “Ave Maria, cheia de graça, O Senhor Infinito é convosco”. Ou o que a mãe de João Batista, disse a ela: “Bendita sois entre todas as mulheres e bendita a criança que você vai ter. Você é feliz porque acredita que vai acontecer consigo o que o Senhor Deus lhe disse”. Talvez lhe seja difícil pensar que o Deus de incontáveis mundos, fez seu único Filho no ventre dessa mulher e a levou para junto de Si. É mais fácil, para muitos, crer que ela foi abandonada por quem Lhe fez um filho. Um sujeito assim deve ter um pai horrível e uma mãe sem valor, ou é tão sem caráter que pensa mal de seus pais, desse mesmo jeito.

Já quatro amigos que amam seus pais, que nem estão mais neste mundo com a gente, e também amam Deus, o Criador, e a mulher que foi preparada para ser mãe do Deus Filho, vamos em nossas bicicletas visitar o maravilhoso “sinal” que ela nos deu, um presente para não esquecermos dela: a imagem de Nossa Senhora Aparecida.

Vou lhe contar a história, é breve. Uma imagem quebrada, talvez por alguém que também não ‘via’ o valor de Maria de Nazaré, uma estatueta que ficou na lama do rio Paraíba do Sul por muitos anos até adquirir a cor negra das mães pretas que foram trazidas a força para o Brasil, a pequena imagem do tamanho de um palmo, veio nas redes dos pescadores junto com muitos peixes. Você dirá: Ora, foi um acaso, igual quando a rede puxa raízes ou um pinico. Pode ser. Mas caro incrédulo, os pescadores animados separaram a estatueta e jogaram de novo a rede que o dia estava bom para pescaria, e entre os muitos peixes – não sei como não vazou entre as malhas da rede tão pequena é, do tamanho da primeira falange do seu dedo mindinho – veio a cabecinha da estatueta.

(a coroinha foi doada pela princesa Isabel, a mesma que libertou teus antepassados)

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Esse milagre vamos visitar.    

publicado por joseadal às 08:02

Outubro 06 2014

A votação está apertada.

- Ô ‘seu’ Zé, pensei que ia falar de bicicleta, já tou cheio de eleição.

Falo das opiniões sobre ZéAdal. Uns acham que ele se perde porque está ficando gagá, outros entendem que ele não perde a oportunidade de achar novos caminhos. Acho que nem ele mesmo sabe ao certo seus motivos. O fato é que querendo (?) subir a trilha do Avestruz, entrou num caminho errado e se perdeu. Em vez da trilha vermelha inventou a azul. Deixo com ele o relato dos fatos.

 

 

Guiando os amigos Ademar e João2010 rodamos pelo asfalto até a entrada de Dorândia. Saímos cedo, o dia estava começando.

 

Dentro de Dorândia seguimos à direita em estrada de chão, passando por uma bela fazenda que João quis me ‘vender de boca’

 

e entramos à esquerda numa porteira. Depois de outra porteira é trilha, caminho pouco usado onde a grama cresce.

 

Depois de uma subida calçada de pedras – mas não do tempo dos escravos – chega-se a um antigo laticínio, aí começou meu problema. Mesmo tendo passado umas cinco vezes por aqui me deu um branco total. Não conseguia ‘ver’ o caminho e na minha cabeça martelava uma ordem: entre à direita. Entramos, e as bikes passaram a correr por um trilho, mas muito bonito com túneis feito de bambuzal,

 

muito pasto e gado solto e velhas casas de fazenda abandonadas. Não se via vivalma. Ainda cheguei a ver um caminho à esquerda, mas me pareceu que ia para um sítio e seguimos adiante. No caminho do Avestruz tem mais umas quatro subidas calçadas de pedras quadradas, mas não achei nenhuma, estava mesmo perdido. O trilho ficou bem ruim, o que quer dizer que o pedal estava melhorando.

 

Mas o gps que a gente carrega naturalmente mostrava que estava indo na direção de Ipiabas, onde queríamos chegar. Na verdade percebi que estávamos fazendo um desvio para direita, mas não ia voltar de jeito nenhum. Perdido por um perdido por mil. Finalmente, o trilho voltou a virar estradinha

 

e logo chegamos ao asfalto Barra do Piraí-Ipiabas. Até que não erramos muito, só 8 km. Nunca tinha passado nestre trecho e fiquei cansado com uma subida forte quase duas vezes maior que a Mutuca. 

 

Então, tocamos para Ipiabas, fizemos um lanche e depois de considerar as razões de Ademar e João de voltarmos para votar, consegui trazê-los direitinho pelo Avestruz.

 

Lá de cima o mar de morros se perde no horizonte. Depois de um descidão maneiro chegamos rapidinho à Dorândia.

Tenho de confessar que não deu para imitar os pioneiros que pedalam e vão catando todo lixo não orgânico pelo caminho. Grandes garotos. Mas apreciamos a natureza que luta para manter a vida selvagem na Terra. Vimos bandos de jacús com suas longas caldas preta.

 

 

 

Aí foi correr pelo asfalto e ir às urnas.

publicado por joseadal às 08:45

Outubro 01 2014

Sendo lei que rege inapelavelmente todos os seres vivos o desejo de conhecer coisas novas nos levou, neste sábado, 27/09/2014, a pedalar longe de casa.

 

Pegamos o ônibus cedinho e seguimos para a divisa com São Paulo. Descemos as bikes e começamos um pedal formidável.

Pedalamos de Itatiaia a VR sem pisar na Dutra. Fomos beirando a serra das Agulhas Negras com um panorama esplêndido.

 As velhas estradinhas têm traçados irregulares, curvas fechadas e piso corroído pelas chuvas, muito parecidas com a vida da gente. Sem falar nos trechos cortados por riachos.

Então, em lugares assim ficamos mais descansados e confiantes. Num instante chegamos o centro de Itatiaia e encontramos a alegre Xuxa do lugar.

Antes do começo da subida para o Parque Nacional entramos à direita e seguimos por um pasto e depois por caminhos sombreados até Penedo.

 A colônia finlandesa está sempre movimentada por turistas e encontramos Nascimento, um ciclista do Pará.

Acontecia um raly da Mitsubishi, entramos de penetra e imitei que estava dando largada.

- Ô Zé entrão!

 Assim, subimos para Capelinha, no sentido de Visconde de Mauá.

Depois do almoço, subimos devagar e entramos à direita, beirando a serra até sair em Vargem Grande. Em terras de Resende seguimos para Quatis.

 Um furo na câmera de ar e um problema com a bomba nos fez andar um bocado até um sítio, onde conhecemos amigos e consertamos o pneu.

 Logo entramos em Quatis, mas já escurecia. Fizemos desse pedal um passeio turístico com muitas paradas, conversas com quem encontrávamos pelo caminho e as horas passaram sem notarmos. Decidimos desistir de chegar a Volta Redonda sem rodar pela Dutra. O caminho da cachoeira do Cici que nos levaria até Vista Alegre nos faria chegar muito tarde. Como disse o amigo João, foi um belo pedal em que rodamos o dia todo

 e chegamos, graças a Deus, com os corpos satisfeitos e sem cansaço.

publicado por joseadal às 16:15

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