O pedal de ontem, ao santuário do santo Frei Galvão, deu ensejo há longa reflexão.
O tempo todo estamos sendo assediados por ideias e pensamentos alheios. Esse som espúrio não nos deixar ouvir a voz do nosso interior. A reflexão faz exatamente isto, nos permite conversar com nossas experiências e dialogar com um poder dentro de nós, o Espírito Santo.
Tanto pedalando quanto vendo a paisagem passar pela janela do ônibus que nos levou e trouxe de volta por parte do trajeto, o silêncio permitiu raciocinar. E dar ouvido ao próprio cria situações interessantes.
Fomos de ônibus até Cruzeiro, SP, tiramos as bikes e rodamos para Guaratingueta evitando a Dutra e seu ruidoso e poluído movimento.
Seguimos por uma estrada secundária. Em determinado momento passamos por um pássaro caído no acostamento. O amigo Pedro Raimundo ouviu um chamado: volte e cuide do pássaro, e fez isso.
Logo que nos movemos de novo um ciclista chegou junto e seguimos conversando. Ele estava terminando uma volta que passou pela Canção Nova, chegaria conosco a Piquete e terminaria em Lorena. Fomos juntos.
Lá chegando ele nos mostrou um caminho para Guará e, ouvindo um conselho do próprio coração, disse: Sabe, vou com vocês. Aqui paramos num marco da Estrada Real.
Entramos por um caminho de terra, encontramos um grupo de ciclistas conhecidos dele, passamos pelas vastas plantações irrigadas de arroz
e chegamos ao Santuário. Despedimo-nos, ele pegou o caminho de volta para casa e nós fomos rezar e pegar as pílulas do Santo.
Frei Galvão é mais um exemplo de cristão que foi vencedor e e que vem se juntar a tão grande nuvem de testemunhas que nos rodeiam e nos ajudam a seguir para Deus.
Esse longo caminho, maior do que todos que já trilhei, pelo que já vi, a amiga bicicleta também ajuda a seguir.