bikenauta

Novembro 30 2014

Hoje, domingo, 30/11/2014, teve pedal pra todo lado. Contra vontade não pude ir ao do Rio Preto e esqueci-me do passeio em Pinheiral. Mas fui procurar uma trilha da qual ouvi falar algumas vezes, a da fazenda da Serrinha.

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O mundo é grande, e olha que estou falando do planeta Terra, “pequeno entre milhares”. Mesmo aqui em volta de nossa cidade ainda tem caminhos que não passei com a bike.

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Então fomos procurar o caminho desta fazenda. A subida pela Dutra de Arrozal para Volta Redonda chama Serrinha. Bem no meio dela, na pista sentido São Paulo, tem uma pequena entrada, o tipo de caminho que gosto de percorrer, o caminho estreito.

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Eu e João subimos um bocado e depois pegamos um descidão que nos deixou na seda da fazenda. O nome certo é fazenda Santa Helena da Serrinha.

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O casarão é de arquitetura recente, da década de 1930. Mas por toda parte pedras talhadas testemunham que ali existiu uma casa-grande do tempo dos escravos.

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Havia comentado com o colega que não sabia da passagem de nenhum ciclista por ali. Mas o caseiro disse: dia desses passou aqui um ciclista, mas veio de lá. Então continuamos pelo caminho apontado.

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Rodamos um bocado e viemos sair na porteira que fica no final do novo distrito Industrial de Volta Redonda.

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Foi um pedal curtinho, mas com diversos tipos de terreno que exigiram dos ciclistas atenção e força.  

Passamos, depois, por Arrozal e Pinheiral e encontramos colegas que vinham de outro pedal.

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publicado por joseadal às 18:00

Novembro 17 2014

Quando se toma um caldo-de-cana, já notou que o atendente dobra a cana uma, duas vezes na moenda?

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Assim é com um caminho comum de se pedalar, quando se pensa que não há mais nada de novo nele eis que descobrimos um novo lugar. Foi o que aconteceu neste domingo, 16/11/2014, quando com o amigo João Alencar passamos pelo Roma e seguimos para Getulândia. No alto daquela subida maior tem, à esquerda, uma entradinha com porteira fechada com cadeado. Fui informado que ali tem um belo caminho, então pulamos a porteira e seguimos pedalando e empurrando.

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O visual ficava mais bonito quanto mais alto subíamos.

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Não é um pedal de correria, é um de curtir a paisagem. A árvore com casas de joão-de-barro,

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o caminho que vai até Ataulfo de Paiva e o bosque fechado que parece uma ilha na travessia da linha do trem, onde tem uma barraca de frutas. Note lá ao fundo, no vale, a matinha fechada.

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Subimos mais até ver o Roma e Arrozal lá longe. Então, pelo alto do morro entramos numa mata e começamos uma longa descida.

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No final dela fica um sítio onde mora um casal de velhos. Por toda aquela região os dois conhecidos. O colega João ficou com dó daquelas pessoas idosos que tem de trabalhar como caseiros no sítio.

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Sondados se sairiam dali para viver mais perto da cidade e dum socorro urgente, ‘seu’ Édson disse: É melhor ficar por aqui mesmo. Tenho meus cachorros e em outro lugar não permitiriam que eu levasse eles. Demos um trocado a eles e seguindo seu conselho pegamos um trilho que descia sem parar.

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Troncos caídos nos obrigavam a empurrar a bicicleta, pouco podíamos descer montados.

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Ao pe da serra rodamso por um pasto até sairmos em Santa Bárbara. Descobrimos mais um caminho onde pensávamos não ter nada mais pra conhecer. É bom sempre se ficar de olhos abertos para coisas novas.      

publicado por joseadal às 20:10

Novembro 11 2014

Duas histórias sobre o pedal nas serras de Passa 4.

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- Lá vem ‘seu’ Zé com sua imaginação.

São fatos reais, porém carregados de transcendentabilidade.

Na manhãzinha de domingo, 09/11/2014, levei Malu para passear às 4:30, o chão estava todo molhado. Depois de aprontá-la e abraçar Lili, corri para a rodoviária. No ônibus, na altura de Rezende a chuva despencou forte. Não tirava os olhos do limpa-brisa que continuava firme.

Em Queluz fiz uma oração: Pai Eterno, planejei ver as belezas da sua criação nas serras de Passa 4. Sei que precisamos muito de chuva, mas se for de Vossa vontade faça que ela dê uma trégua naquele lugar.

Pois, entrando em Cruzeiro a chuva virou um chuvisco e quando apareceram as primeiras casas de Passa 4 um sol muito belo clareava tudo.

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Subimos a serra em direção ao Pico dos Marins e lá do alto vimos a chuva tornar a cair.

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No altiplano o tempo alternava sol com nuvens carregadas. Quando cheguei a estrada de Marmelópolis e entrei à esquerda para vencer a serra e pegar o descidão de Piquete o chão estava um barreiro tremendo.

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Num bar me disseram que havia chovido até a pouco. Quando rodei pelo asfalto de volta a Cruzeiro, pedalando sem parar a sete horas, o céu estava pesado e foi chegar a rodoviária a água caiu.

- Mas que sorte ‘seu’ Zé. Foi muita sorte não ter pegado nem uma gota de chuva.

Prefiro crer que Deus é Pai, não é padrasto.

A outra história começou quando rodava saindo de Passa 4 na direção da serra. Passando por  

‘seu’ Jorge fazendo caminhada, disse:

- Vou para o pico dos Marins, a subida é aqui na frente, não é?

- Desculpe perguntar, o senhor vai sozinho?

- Não, vou com Deus e um monte de anjos.

- É que tem pelo menos três caminhos até o alto e lá em cima há muitas entradas; é muito fácil se perder. Mas o senhor entre ao lado da igreja católica, siga até a linha do trem e logo vai ver uma estrada.

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Quando cheguei na estaçãozinha, lá vinha um ciclista.

- Vai subir a serra.

- Vou sim, vou para o pico dos Marins. É por ali?

- Por ali também vai pra lá, mas é um caminho muito inclinado. Vou pra lá também, por uma subida mais leve, a Estrada da Companhia.

Numa lista que tinha conseguido falava dessa subida mesmo. E segui seu José Aparecido. Percebeu o nome, Aparecido?

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Lá em cima ele disse:

- Hoje eu ia subir para outro lugar, mas na última hora me deu vontade de vir pra cá. Olha pra cá é muito difícil vim ciclista. Eu é que gosto de andar na serra.

- Não se admire, ‘seu’ Zé, eu bem tinha pedido um anjo guia.

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Subimos duas horas num convercê muito legal. Ele conhece tudo por ali e já deixamos combinado uns três pedais lá por cima. E olha que ele não usa uniforme nem capacete! Ele disse que voltaria pela estrada mais inclinada, a do Caxambú. Mas decidiu me guiar até bem na frente.

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Num desvio ele perguntou:

- Aqui qual caminho o senhor pegaria?

- Bem, como quero descer pra Piquete e lá fica à esquerda pegava esta.

- Isso mesmo. Se fosse pela outra ia para Serra Verde e Virgínia.

Mais adiante, deu meio-dia.

- Estou preocupado com o senhor, volte daqui.

- Vou só até aquele desvio. E aí qual caminho ia pegar.

- Aposto na esquerda de novo.

- Aí ia dar no meio das plantações de eucalipto e podia se perder. Num domingo, por aí não se vê ninguém. Vá pela direita e vai encontrar muitos sítios para pedir informação, água e ajuda. Agora vou enrolar meu cigarrinho, dar umas tragadas e volto.

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Dei um tapa também. E lá se foi meu ano da guarda.

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Dez quilômetros a frente saí na estrada de Marmelópolis que já conhecia. Aí foi entrar à esquerda e subir, subir e subir até a virada da serra. Pedalei no meio das nuvens.

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Aí vi a bela vista do vale do Paraíba. Atrás ficaram as serras cobertas de nuvens e de mistérios.

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E aí não existe coisas estranhas?   

publicado por joseadal às 00:34

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