bikenauta

Janeiro 28 2015

- Zé, é uma competição?

Vão participar dela ciclistas de 71 e 22 anos. Não haverá primeiro nem último. Todos sairão ao mesmo tempo e chegarão juntos. Ninguém ficará para trás.

- Será, então, um desafio?

Pode ser, será um prova para cada um. Um teste de quanto se é paciente e persistente, alegre e fraterno e ajudador e amigo.

- Quem participar poderá se exibir como um guerreiro?

Ora, todo ciclista que quisesse ir seria um warriors, então quem se dispôs a ir não tem porque se vangloriar.

- Então, qual é o motivo desta prova?

A trilha dos Warriors foi concebida para nos levar por uma fabulosa obra da Natureza, um plano concebido por Deus, o conjunto de altos morros da serra Negra, parte da cordilheira da Mantiqueira.

TrilhadosWarriors1.jpg

 

Veja a altimetria do passeio. Vamos começar pela esquerda e não vai ter mais essa longa faixa plana, já vamos começar escalando o paredão do Funil. Então, se quiser admirar a obra divina venha com seu carro ao posto do Voldac na madrugada de domingo, 01/02/2015. Estaremos nos juntando às 3:30 para rodarmos para Rio Preto e pedalar a partir de lá.  

publicado por joseadal às 15:58

Janeiro 27 2015

Domingo, 01/02/2015 vamos pedalar no alto de uma serra que os geólogos chamam de serra Negra, um conjunto de várias elevações. Eles a descreve assim:

“A Serra Negra localiza-se no sul da Zona da Mata (21º58'11"S, 43º53'21"W), integrando o Complexo da Mantiqueira, sob o Domínio Atlântico. Está limitada pelos municípios de Lima Duarte (ao norte), Rio Preto (ao sul), Santa Bárbara do Monte Verde (a leste) e Olaria (a oeste)”.

O arcabouço, a base granítica dela formou-se no Arqueano, nome do tempo em que a Terra era como uma menina de 10 anos. Olhe lá embaixo nesta tabela.

“Não houve grandes continentes até tarde no Arqueano; pequenos protocontinentes eram impedidos de coalescer em unidades maiores pela alta taxa de atividade geológica”. Magmas ferventes saiam do núcleo do planeta e formavam enormes caroços sob o solo. Com o passar dos milênios o solo deixava a descoberto essas rochas imensas que formam essa serra e quase todas.

Vamos subi-la por um dos seus contrafortes denominado serra do Funil com três subidas: uma com 780m, a maior com 980m e no povoado do Funil 930m. Depois vamos rodar no espigão da serra por 30 km até Taboão, trecho em que subiremos até 1180m para descer a 900m. Depois do almoço e da piscina vamos tornar a subir para 1180m e descer para 730m, chegando em Itaboca. Ali entramos para o Boqueirão tendo uma vista do cânion formado pelo rio. Então rodamos para a pequena Cruzeiro, na saída dobramos um cotovelo à esquerda e descemos para São Cristovão. Mas aí, é em queda livre.

Entre Taboão e Itaboca vamos passar por morros de quartzito, cristas de quartzo esfarelados pela pressão de uma funda lâmina d’água, pois – por incrível que pareça – estas serras à 1200m acima do nível do mar já estiveram à 1000m de profundidade. Pode?!

Itaboca-Taboão (38).jpg

 

Você que for comigo verá panoramas maravilhosos, mas os geólogos, em sua linguagem fria, assim os descrevem: “A geologia da região é composta predominantemente por solos do tipo Latossolo Amarelo Distrófico Típico e Latossolo Amarelo Distrófico Argissólico, além da presença de material arenoso branco (quartzito), tendo como característica baixa fertilidade natural”. Mas não liga pra eles não.

Vamos passar dentro de algumas matas que os botânicos assim descrevem: “A vegetação com fisionomia arbustiva está presente ao longo de toda a área, sobretudo nas encostas da serra, sobre afloramentos de rochas quartzíticas e mais comumente sobre areia branca resultante da erosão destas rochas. Predominam arbustos de até 1,8 m altura. Em grande parte da área são encontradas amplas populações entremeadas de 'candeias' [tipo de árvore].  Ocorrem ainda algumas epífitas e um estrato composto por muitas herbáceas, musgos e liquens”.

Agora você já sabe por onde vai pedalar.     

publicado por joseadal às 17:34

Janeiro 25 2015

Acho que já posso dar uma aula de ciclismo de mountain bike. Então vou falar das Trilhas.

Elas podem ser: simples, como a de Rio Claro, e composta, como a de Sta. Rita de Jacutinga que sobrepõe as de Amparo e Sta. Isabel do Rio Preto.

Segundo o piso, podem ser: asfalto, como a de Fazenda da Grama, mista, como a de Amparo passando pela do Peixe, e cascuda, quando o terreno é cheio de pedras, canaletas e areal, como a do Túnel do Caparaó.

Quanto a altitude, podem ser: plana, como a de Arrozal, média, como a de Lídice, alta, como a de Bom Jardim, e pesada, como a da Cachoeira do Bracuy.

E pela extensão, podem ser: curta como a de Pinheiral, longa, como o Duzentão, e sem fim, como os Mil km de Minas feita por João Bosco e amigos.

Mas qualquer trilha pode ser modificada, acrescida e apimentada. Lembre-se também que ela varia segundo o sentido: a trilha de Sta. Rita de Cássia é mais fácil partindo do Açude do que da fazenda Santana do Turvo. E percorrer um caminho no inverno, tempo fresco, é completamente diferente de quando se pedala sob o sol de verão.

Para os mais tarimbados no pedal existem as supertilhas que reúnem todas estas características, como a que vamos fazer em 01/02/2015, a Trilha dos Warriors.

Mas todas as trilhas são belas. Conheça-as.

TrilhaBocaina (25).jpg

 

Em tempo: Os exemplos dados aqui são de trilhas que partem de Volta Redonda, mas seja qual for sua cidade, aí também existem os mesmos tipos de Trilhas.

publicado por joseadal às 17:33

Janeiro 18 2015

Esta foi “dona” Cidinha, moradora em São João Marcos lá na década de 1930.

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Rosto redondo, cabelos longos e uma boquinha pequena que sorria como Gioconda. Seu vestido estampado e folgado não deixa ver suas formas, mas pelos braços torneados adivinho sua pernas firmes e morenas. Uma mulher do tempo dos “coronéis”, talvez filha de um, criada com severidade para servir aos homens. Mas esta bicicleta que ela segura possessivamente muda toda a impressão sobre ela. Faz que a vejamos determinada, que sempre quis escolher suas companhias, em especial o homem que deitaria com ela. Foi uma Penélope muito charmosa. Com essa bike sem marchas ela deve ter ido muitas vezes à ponte Bela. Com certeza montada de vestido foi tomar banho na cachoeira de Mucundu. E talvez tenha se aventurado até a serra do Piloto. Aquele corpo que só posso adivinhar já não existe, virou pó. Mas aquela moça que viveu e andou de bicicleta há muito tempo não desapareceu. Ficou na foto, na lembrança de algum descendente e na minha. Deixou a marca de sua passagem neste mundo e na história. E para quem tem fé, como eu, ela ainda vive num lugar que não sei se tem bicicleta para pedalar.

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publicado por joseadal às 13:32

Janeiro 18 2015

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 Tem é que se evitar o sol forte ao pedalar. Quando passamos por Arrozal estava até fresquinho e demos de cara com um grupo de gansos na rua.

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O nevoeiro baixou e quando chegamos à Fazenda da Grama a represa estava surreal.

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Os lugares dormiam e a gente passava correndo. Fizemos um lanche na padaria de Passa Três e tocamos para São João Marcos. Aí o sol apareceu.

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Seguiu-se uma subida após outra até aparecer à represa da Light. Uma tristeza ver a água sumindo a cada ano que se visita o lugar.

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Entramos na estrada Rio Claro-Mangaratiba, pegamos dois subidões de cara e numa descida fomos visitar a cidade que é hoje um campo arqueológico.

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Locais onde só restavam alicerces, as paredes estão se erguendo depois de quase um século.

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Foram subidas e mais subidas até chegarmos à serra do Piloto. Os amigos tomaram banho e descemos. Depois das fotos no mirante chegamos à cidade praiana.

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Então foi comer peixe frito e tomar banho de mar.

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Voltamos de carro, pois o guerreiro do dia lançava flechas que queimavam.     

publicado por joseadal às 00:00

Janeiro 10 2015

Quem pode enfrentar a força do sol?

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Andar de bicicleta no verão precisa ser um jogo de esconder. Saia antes dele levantar ou quando ele já estiver indo embora.

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Procure um caminho com árvores que deem sombra. Fique perto de um riacho ou uma lagoa, a água umidifica o ar que ele aquece.

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O entardecer fora da cidade tem sempre um vento correndo entre as árvores. Pare para pegar água fresca numa bica.

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Sente e tome um sorvete; açaí com granola é dez.

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Pra que correr, fique assistindo, um pouco, a folia de reis com seu palhaço feioso e dançador.

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E tire uma foto do entardecer, quando o sol é só um pedacinho no horizonte e não faz mais mal algum.

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publicado por joseadal às 23:23

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