bikenauta

Junho 12 2012

O livro Lugares Místicos conta que em 1922, Alfred Atkins,  arqueólogo amador e caminhante contumaz ,
lançou o livro Trilhas Primitivas da Grã-Bretanha onde dizia: “Essas estradas
que não se sabe quem abriu têm uma corrente encantada que se estende até onde a
vista não alcança e que liga antigos monumentos e sepulcros pré-históricos”.

Assim surgiram estradas místicas como O Caminho de San Tiago
de Compostela, rota escolhida pelos cristãos europeus para visitar o túmulo do
amado apóstolo Tiago, o irmão de João Evangelista e o pescador que com Pedro e
André formavam os quatro mais íntimos discípulos do Mestre.

Aqui no Brasil não foi diferente e romeiros começaram a trilhar
estirões para devoção. Oswaldo Buzzo, caminhante de tantas vias fala assim do
Caminho da Fé: “Faz parte dos objetivos do Caminho: proporcionar às pessoas que
se dispuserem a percorrê-lo, momentos de reflexão e fé, saúde física e
psicológica, e um passeio turístico ecológico”.

Pergunte aos cinco participantes do Clube Bike Adventure que
percorreram de bicicleta os 200km do Caminho da Paz o que eles aprenderam
naquele circuito e eles te dirão da fé que ficou mais forte, da compreensão que
aumentou e da devoção ao nosso maltratado planeta que recrudesceu.

De novo dou a palavra a Oswaldo: “O Caminho passa por 19
municípios através de estradas vicinais de terra, trilhas, bosques, pastagens e
asfalto, e foi criado para dar estrutura e suporte às pessoas que fizerem
peregrinação ao Santuário Nacional de Aparecida, oferecendo-lhes os
imprescindíveis pontos de apoio”. Fazer o Caminho da Fé precisa ser mais do que
um pedal legal. É importante para o homem e mulher que pedalam sentir que estão
fazendo uma peregrinação ao Santuário de N. S. Aparecida. Aí, você pode dizer:
ah, então não é para um ciclista evangélico! Peço que se lembre do que um
enviado do próprio Senhor do universo disse, Gabriel falou o que Deus Lhe mandou
dizer: “Ave Maria, cheia de graça, o Senhor é convosco. Bendita sois vós entre
as mulheres, e bendito é o fruto do vosso ventre, Jesus”. Todo cristão devia
pensar como Deus.

Mas se religiões separam a fé e o amor unem. E o romeiro
diz mais: “Em seu caminhar, seguindo sempre as setas amarelas, o peregrino vai
reforçando sua fé, observando a natureza privilegiada, superando as
dificuldades do Caminho que é a síntese da própria vida. Aprende que o pouco
que necessita cabe na mochila, e vai despojando-se do supérfluo”.

Os ciclistas de nosso clube que ensejarão esta epopeia esperam
por este momento pelo qual passou Oswaldo: “Finalmente, após dias de expectativa e preparação, embarquei
num ônibus com destino à Tambaú, a fim de iniciar minha peregrinação.  Dirigi-me ao quiosque turístico erigido num
calçadão ao lado da praça central. Ali preenchi a ficha de inscrição, paguei
uma taxa e recebi minha credencial de peregrino”. Aí, vai ser só pedalar com o
coração cheio de paixão.

- Ei Zé, não tem foto, não?

Quando terminar o Caminho eu as coloco.

publicado por joseadal às 03:25

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