A bela manhã deste domingo, 03/03/2013, foi um convite para, depois de tantos dias de chuva, sairmos em nossas bikes para uma volta de 80 km. Foi ótimo e chegamos a casa na hora do almoço.
Eu e o companheiro João2010 conversamos sobre muitas coisas, mas foi nos momentos em que estávamos silenciosos que mais aprendemos. Este círculo que passou por Getulândia e chegou à entrada de Bananal não representou quase nada neste imenso planeta que vivemos, mas deu para apreciar a beleza desse mundo e pensar no Criador de tudo isso.
Ocorreu-me o que li no livro Não Tenham Medo, onde João Paulo II diz: “A epistemologia [as maneiras que a ciência usa para provar a existência das coisas e entender suas propriedades e funcionamento] conduziram o homem contemporâneo a entender que Deus está morto. Penso que em seguida se declarará a morte do homem”. Já se vê muita gente dizer que os humanos são um vírus letal que acarretará o fim da vida neste planeta. A vida de um ser humano, aos poucos, irá valer menos que nada, com todas as implicações de violência e falta de ética disso.
Ter a capacidade de ver no tronco enrugado de uma árvore o intricado mecanismo da vida vegetal e pensar que estas e outras coisas tiveram um Idealizador e Criador é uma questão de fé.
Sobre isso, o penúltimo papa, disse: “A fé herdade e recebida dos pais, dos meios em que se vive, dos educadores e dos guias espirituais não é única. Admitindo todos esses condicionamentos, não penso que a fé seja só o fruto de uma adaptação aos outros, uma dessas coisas que tornamos próprias por simples assimilação. O conjunto de convicções e de atitudes que dão o direito e o dever de alguém se considerar cristão é fruto do próprio pensamento e da escolha pessoal”. Assim, é falso se dizer: sou católico ou evangélico por tradição, no fundo, o que se crê, mesmo com fraca intensidade, é uma decisão pessoal.
Refleti em tudo isso enquanto pedalava entre pedaços que restam da mata Atlântica. Recomendo o ciclismo de mountain bike como um modo de melhorar nossa relação com Deus.