Há tantos lugares bonitos para se pedalar! Só pedalar já é bonito e gostoso. Mas vou “bater pra tu”, pedalar no Rio de Janeiro é tudo de bom.
Ontem, 06/07/2014, botei a bike num ônibus e fui bem cedinho para lá. Às primeiras horas da manhã a luz do sol é de um amarelo ouro que torna tudo mais real. A Candelária brilhava fazendo esquecer tantas barbaridades acontecidas em suas calçadas.
Pelas ruas estreitas do Rio antigo toquei para o Aterro. Vocês precisam ver a consciência que vai tomando conta de uma metrópole. As pistas de alta velocidade estavam vazias de carros e todas à disposição dos ciclistas. Para uns poucos e para grupo de treinamento.
Fui procurar o local onde vou realizar a 1ª Manhã de Autógrafos Ciclística do Rio de Janeiro. Escolhi o posto 2 da praia do Flamengo com o Pão de Açúcar bem defronte.
Então, saí batendo o caminho pelo qual quero levar a turma até o Cristo Redentor. Entrei na pista vazia, corri para a rua Alm. Alexandrino e comecei a subida para Santa Tereza. Em pouco estava andando entre os trilhos do bonde. O bairro todo aguardo ansioso e reclamando a volta dos bondinhos. A homenagem a seleção foi dos jogadores num dos antigos bondes com balaústre e estribo.
E toca a subir, pouca inclinação, própria para o veículo sobre trilhos. Fui até o Silvestre, ponto final. Aí é que começou a subida com uma inclinação mais forte. Não ouça as reclamações das pernas, continue pedalando, pois bem lá em cima vamos virar para o Mirante de Santa Marta. Meu Deus, dá gosto ver o que as forças da Natureza – com certeza seguindo um planejamento divino – fez para os homens colocarem a Cidade Maravilhosa!
Desce-se um pouco e se torna a subir. Seja valente, como foi sua mãe. Suba, suba, suba, mas bem encostado porque os micro ônibus passam zoando lotados de turistas. Então, chegamos aquele mar de gente esperando outro micro pra chegar ao pé do Cristo. Mas quem tem bike e os visitantes mais animados sobem pelas próprias forças. E haja força. Vá apreciando a paisagem> Olha o Maracanã, gente!
Longe de mim te desanimar, mas não fique perguntando se ainda está longe: pegue a tua cruz e siga subindo. Dói tudo? Dói, mas se quiser desça e empurre. No meio da vegetação você o verá mais de perto e de costas.
Continue com esperança de que afinal o morro tem de acabar. E acaba em outro mar de gente. Negros de cor diferente, indianos, passam falando esquisito. As louraças alemãs e belgas com os guarda-costas ao lado. Franceses morenos e sua bela língua.
E a beleza do Rio por toda a volta. Para subir os degraus e abraçar o Cristo tem de pagar ou ter vivido tanto quanto eu.
Depois é descer com o visual lindo em toda a volta. Isto tudo pode ser teu se quiser vir ao Rio dia 20/07 para a 1ª Manhã de Autógrafos Ciclística do Rio de Janeiro. Se você mora no Rio não deixe de vir com a gente.
- Em tempo, Zé estará vendendo e autografando seu livro: Adão, Feito da Terra. A história e a arqueologia desvendando a vida desse homem que influenciou a todos nós. Suas 508 p. custam só R$48,00.