A noite e o pedal noturno não terminavam. Os 120 km e as 10 horas pareciam se esticar. Amparo ficou para trás no escuro. A lua não nos abandonava, ficou com a gente o tempo todo. Na chegada de Santa Cruz, naquela curva que à noite nos recebe com os primeiros postes de luz acesos para nos guiar, desta vez o Sol, o guerreiro que espanta a noite, se apresentou majestoso. A lua se afastou para ele chegar glorioso, empalideceu e nos deixou. Num momento nos transformamos de anjos negros voadores em meros ciclistas cansados e com sono. A padaria abriu sua porta para nós com pão cheiroso e café forte. Acabou o passeio noturno.