Tendo compreendido a partir de uma história do colega Marcinho da seriedade de dizer “nunca mais” evito usar essas duas palavras para falar da trilha do Carrapato. Mas sabe o que é? É uma trilha curtinha e me enche de coceira com as picadas de insetos da capoeira e da mata.
Mas como era um grupo no qual tenho dois bons amigos, decidi passar por lá novamente. E tem aquele sempre agradável momento em que se deixa o asfalto e adentramos um caminho de terra.
Logo vem um pasto enxameado dos artrópodes que dão nome a trilha. Lá em cima o visual também é bonito, dá gosto parar pra ficar olhando.
Depois vem uma descida esburacada que é ótima para testar os reflexos e o equilíbrio. Até que se entra na mata por um trilho estreito que me desperta dez anos de recordação: a primeira vez que passei ali com os colegas Celmo e Val, o velho leiteiro que sempre encontrava carregando dos galões de leite em seu cavalo branco e o touro que infalivelmente estava deitado perto de uma porteira parecendo me esperar passar.
Finalmente é descer pra Arrozal. Se me chamarem novamente, o que vou dizer? Aquelas duas palavras não quero usar, então é bem capaz que volte a trilha do carrapato. Falando nisso tenho que comprar outro tubo do antialérgico a picadas de insetos.