Estou bem atrasado, mas que se há de fazer, não podia deixar de registrar meu apreço pelas mulheres, entre elas todas Lili e a minha Vermelhinha.
Aqui preciso fazer uma ressalva: por anos andei numa bike que, sinceramente, não podia chamar de magrela. Rodamos juntos por mais de 50.000 km de estradas, de preferência subindo e descendo serras. Ainda hoje pedalamos juntos em meu trabalho pela cidade. Mas, convenhamos, com seu porte alto e forte, tinha uma aparência masculina. Agora, com a Vermelhinha sinto que estou andando com um objeto de aparência feminina. E isso é muito importante, refiro-me a companhia feminina.
Algo semelhante aconteceu na Igreja Cristã. Em seu livro No Coração da Igreja, Felipe Aquino, transcreve um sermão de Efrém, o Diácono (306-373) que revela ser a veneração de Maria comum entre os cristãos por volta de 350: “A divindade ocultou-se na humanidade. Foi por isso que desceu ao ventre da Virgem, para tomar um corpo que o conduzisse a Mansão dos Mortos. Floresceu Maria a nova videira e nela habitou o Cristo”. Os homens e mulheres, todos nascendo de mães, precisam em sua relação com o espiritual de uma companhia feminina, a Mãe de Deus.
Preciso registrar também a bravura das mulheres que soram ao Sertão da Onça no alto da serra do Mar. Foram guerreiras, mas com feminilidade.
Quando vivemos sob, e com profunda amizade, a influência de uma mulher nos sentimos muito melhor.
É assim que pedalo agora, com redobrada alegria por ter como companhia uma magrela bem feminina. Viva as mulheres, viva Lili, vinha minha Vermelhinha.