bikenauta

Maio 30 2011

Companheirada é o nome que designa um grupo muito especificado, ou como se aprendia no ensino fundamental de meu tempo de estudante, um substantivo coletivo feminino bem especial. A companheirada costuma ser formada por homens, mas não é um clube do bolinha, admite mulheres e até pode ser composto só delas. (as fotos são do amigo Fabiano)

Uma característica desta patota é a alegria. Qualquer foto de uma companheirada mostra rostos sorridentes e felizes.

A especificidade desta turma é que por uma ação fortuita do destino sujeitos tão heterogêneos se juntam com um mesmo objetivo. Pode ser um trabalho eventual como bater uma lage, uma pelada de futebol ou uma pedalada maneira, justo como a que fizemos neste domingo, 29/05/11.

Seis ciclistas saíram de carro, de Volta Redonda para pedalar em terras de Valença. Fomos recebidos pelo colega Nilson e sua esposa Jaqueline na bela casa do seu sítio com um ótimo café da manhã.

Depois foi correr pelo asfalto até Osório, enveredar por uma estradinha de chão cortando altos de morro com um visual de mar encapelado de colinas, e chegar na tranquila Pentagna. Depois de um momento descansado seguimos por um caminho espetacular vendo as terras de Minas Gerais do outro lado do rio Preto.

Depois da sossegada Barreado, apostamos corrida com o respeitável rio Preto que por algumas horas fez parte de nossa companheirada, até rindo com a gente o que não é do feitio dele. Em Porto das Flores atravessamos nosso amigo rolando os pneus novamente para o estado do Rio. Varados de fome almoçamos na pequena Manoel Duarte e depois de muitos risos e causos tocamos para Rio das Flores acompanhados por um incômodo companheiro, um frio de rachar.

Da cidade florida tocamos para Valença. O casal amigo não deixou a companheirada se desfazer sem um belo lanche onde Zé Adal tomou um copo bem cheio da afamada água de Valença. Com o frio e a cachorrada alegre do sítio em nossa volta Ferraz e Fabiano seguiram para casa, com Marcus MP e João Bosco os seguindo de perto e eu e João2010 na cola deles.

Marx em sua sisudez, disse: "o trabalho não pode se tornar uma diversão". Por isto não se pode dizer que uma turma de serviço seja uma companheirada. Mas veja o que disse Domenico de Masi: “O ócio, como o repouso, transmite a idéia de alguma coisa diferente de trabalho. Mas o ócio não é repouso, é um estado de bem-estar do corpo e da alma. Um instante livre e espontâneo no qual saboreamos alegria de viver e de conviver, de estar conosco mesmo e com os outros, de nos sentir em sintonia com os lugares que visitamos, com as coisas que nos cercam e com as pessoas. O que fazemos em nossas horas de ócio não respeita nenhum vínculo imposto por outro, responde apenas ao prazer estético, ao céu acima e à lei da vida que está dentro de nós”.

Esta sim é a razão de existir a companheirada. 

publicado por joseadal às 23:08

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