bikenauta

Fevereiro 21 2012

Minha filha Marcia aproveitou o feriado do Carnaval e veio descansar da vida corrida no Rio. Dormiu um bocado em diferentes horários, fez uma salada maravilhosa e um macarrão com atum espetacular e andou de bicicleta comigo. Esta foi uma parte inesquecível de sua passagem pela velha casa em que cresceu.

 

Circulamos pela cidade sem pressa e conversando muito. Falamos do trabalho de cada qual e dos planos para sua viagem a Milão participando do maior evento de designe de móveis do mundo. As ruas que ela andou ainda menina agora pareciam acanhadas, mas estavam cheias de nostalgia. Lembramos casos dos seus tempos de estudante e da deslumbrada adolescente que queria conhecer o mundo. Agora, arquiteta, anda por ele com desembaraço.

   

Sobre o rolar suave dos pneus, impulsinados por nossas próprias forças e livres da propulsão inumana de um motor a explosão uma hora passou mansamente, sem pressa. Carnaval, a cidade bem vazia, as ruas com pouco movimento de carros convidavam a pedalar. Falamos de Lili e de quanto a amamos e nos preocupamos com ela. A sua filha e meus netos foram tema de comentários e preocupações com o estudo e com as amizades. Ao lado a paisagem deslisava num ritmo de filme antigo ou, como é Carnaval, como uma marchinha de Lamartine Babo.

 

As cores douradas da tarde de segunda feira foram esmaecendo. Os músculos das pernas dela, pouco exigidos, começaram a apresentar fadiga, voltamos calmamente por ruas diferentes e paramos nas praças bem cuidadas para fotografar. Foi muito bom pedalar com ela. Não se pode deixar o redemoinho louco do mundo nos roubar momentos como esse em que andei de bicicleta com minha filha Marcia.

 

 

publicado por joseadal às 20:56

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